segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Casa da Frontaria Azulejada

bico de pena à nanquim utilizando pena fina,

fabriano A4 branco

Imóvel de propriedade da Fundação Arquivo e Memória de Santos, que desde 5 de dezembro de 2007 abriga o maior espaço cultural do Centro Histórico, a Casa da Frontaria Azulejada é uma das mais significativas obras arquitetônicas de Santos, construída em 1865 para residência e armazém do comendador português Manoel Joaquim Ferreira Netto.

Em uma época de acúmulo de riquezas decorrente da alta da exportação cafeeira, o prédio, com dois pavimentos, ficou conhecido pela sua fachada de influência neoclássica formada por azulejos em alto relevo importados de Portugal.

Concebida em forma de ‘U’, a construção tinha a abertura voltada para o mar e ia até o porto. Segundo o livro Santos Noutros Tempos, de Costa e Silva Sobrinho, isso facilitava o processo de carga e descarga de mercadorias: os produtos chegavam até o armazém em barcas que navegavam no canal interno aberto na casa.

Com os anos, o sobrado passou a ser utilizado como escritório, hotel, armazém de cargas e, por fim, como depósito de adubos químicos. Em 1973, foi tombado pela antiga Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que proibiu o proprietário de utilizá-lo para guarda de fertilizantes, provocando seu abandono definitivo.

Em 1987 foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) e pelo Conselho de Defesa do patrimônio Histórico de Santos (Condepasa) em 1990. Em 1986, quando foi desapropriada pela Prefeitura, a Casa da Frontaria Azulejada estava semidestruída, sem o teto e o piso superior.


A recuperação da fachada da casa aconteceu em 1992, com a devolução da estrutura original da porta principal e dos azulejos, restaurados ou reproduzidos. Realizado pelo artista plástico Luís Sarasá, o trabalho constituiu tarefa artesanal, cujo resultado contabilizou sete mil peças novas.

De 1996 a dezembro de 2005, a Frontaria abrigou em seu anexo o Arquivo Permanente (AP). Em meio a uma grande festa de inauguração, o Espaço Cultural Frontaria Azulejada foi oficialmente aberto ao público em 5 de dezembro de 2007, com a exposição fotográfica 'Ayvu-Rapitá – retratos de uma civilização, de Antônio Vargas'. O espaço foi idealizado para receber atividades culturais, como exposições variadas, lançamento de livros, apresentações musicais de caráter intimista, entre outras.

2 comentários:

Anônimo disse...

Simplesmente maravilhoso esse desenho, rico em detalhes, minucioso na interpretação.
É uma verdadeira homenagens aos portugueses, dedentores dessas maravilhas que são os azulejos desenhados, que vi pessoalmente em Portugal.
Grata pela lembrança e por mais este presente para os nossos olhos!
Norma

laurinhando por ai disse...

Este imóvel é lindo!!!
Mas minha paixão são os azulejos da fachada em seus tons azuis, brancos e amarelos.
bjos
Laurinha