
óleo sobre tela,
50 x 70
acadêmico
Elizeth Cardoso, Zimbo Trio,
Jacob do Bandolin ao vivo no teatro João Caetano (1968)
No dia 19 de fevereiro de 1968, as mais de 1500 pessoas que lotaram o Teatro João Caetano puderam assistir a um dos melhores shows de música de todos os tempos. Naquela noite o palco da Praça Tiradentes, reduto boêmio da Rio de Janeiro e àquela altura já em decadência, recebeu Elizeth Cardoso, Jacob do Bandolim, o grupo Época de Ouro e o Zimbo Trio para uma apresentação única. Ao produzir o espetáculo em benefício do Museu da Imagem e do Som, Hermínio Bello de Carvalho bem que devia ter noção de que, mais do que música, o que se fazia ali era história. Depois de 35 anos, o concerto “Ao vivo no João Caetano” é lançado pela primeira vez em versão integral , a derradeira gravação de Elizeth, versão de estúdio do show que ela, acompanhada por Rafael Rabello, realizou no mesmo teatro em! setembro de 1989.Se não estivesse aí, gravado, o show poderia passar por uma grande fantasia, a de juntar num mesmo palco o que a música brasileira produzia de melhor naquele momento, encenando inclusive as afinidades e tensões entre todos. Estavam ali a nobreza do choro numa de suas melhores expressões, o Época de Ouro, ainda com Jacob do Bandolim à frente e a sonoridade da bossa pelos excepcionais músicos do Zimbo Trio, também aí, em atividade.

Ai, barracão
Pendurado no morro
E pedindo socorro
À cidade a seus pés
Ai, barracãoTua voz eu escuto
Não te esqueço um minuto
Porque seiQue tu és
Barracão de zinco
Tradição do meu país
Barracão de zinco
Pobretão infeliz...
Ai, barracão
Pendurado no morro
E pedindo socorro
Ai, a cidade
A seus pés
Barracão de zinco
Barracão de zinco.
cresci ouvindo esta música, junto com meu velho
que se emocionava, fumando seu cigarro
e bebericando seu cafezinho,
ele teve o prazer de assistir tudo isto ao vivo
quando viajou para o Rio de Janeiro,
na época eu estava com cinco anos,
para você meu pai